É difícil de acreditar que garrafas e outros lixos plásticos possam render mais que dinheiro para aqueles que os recolham. Mas essa é uma realidade cada vez mais próxima. Prova disso está na Plastic Bank, empreendimento social fundado por David Katz e Shaun Frankson em 2015.
Em funcionamento no Haiti, Filipinas e Brasil, a Plastic Bank transforma plástico recolhido em dinheiro, bens de consumo e até serviços. O funcionamento é simples: coletores cadastrados pela empresa levam o plástico recolhido até seus centros de coleta. Lá, após serem pesados, eles podem ser trocados por dinheiro, itens ou mesmo moeda virtual.
"Seguro saúde, wi-fi e minutos para falar no celular são alguns exemplos de itens que podem ser adquiridos", explica Katz, salientando que o valor médio ganho diariamente pelos coletores é de US$ 5 - o que, no caso do Haiti, onde a maioria da população recebe US$ 2,41 por dia, faz a diferença.
Posteriormente o plástico é encaminhado para centros de reciclagem, destino semelhante ao do material levado para as máquinas coletoras da Retorna Machine, o primeiro projeto da empresa Triciclo, cujo foco é o desenvolvimento de soluções sustentáveis para problemas práticos.
Instaladas e estações de metrô de São Paulo, elas permitem que qualquer um troque garrafas PET e latinhas de alumínio por pontos que podem ser trocados por descontos na conta de luz ou créditos no Bilhete Único, por exemplo. Cada garrafa PET vale 10 pontos e cada latinha 15. A cada 100 pontos quem colaborar pode optar por um desconto de 27 centavos na conta.
E se hoje as máquinas só recebem latas e garrafas, no futuro a empresa planeja incluir o recolhimento de potes de cosméticos e margarinas, assim como embalagens plásticas de outros produtos. Tudo para ajudar o meio ambiente.
Via Época Negócios