É a tecnologia que transforma os resíduos em energia elétrica e/ou energia térmica, um processo amplamente utilizado nos países desenvolvidos como Japão, Estados Unidos, Alemanha, dentre outro. O processo de reciclagem energética aproveita o alto poder calorífico contido nos plásticos para transforma-lo nesse tipo de energia.
Após a triagem dos resíduos, na qual são retirados os elementos que podem ser reciclados mecanicamente para se tornarem novos produtos, o lixo é encaminhado para a reciclagem energética.
O que sobra desta separação (restos de alimento, materiais higiênicos descartáveis, além das próprias sacolinhas plásticas que embalam lixo) segue para a Reciclagem Energética.
Os resíduos são queimados em um forno industrial, em temperaturas em torno de 1.000ºC. Os gases quentes são aspirados para uma caldeira de recuperação, onde é produzido vapor. É este vapor que aciona o gerador de energia térmica ou elétrica, dependendo da tecnologia usada.
Diversas tecnologias são aplicadas neste procedimento para impedir a emissão de gases poluentes, garantindo procedimento extremamente seguro para o meio ambiente, durante e depois da queima realizada na reciclagem energética.
Os plásticos são fundamentais no processo da Reciclagem Energética. Plástico é energia. Um quilo de plástico tem o poder calorífico equivalente ao de um litro de óleo diesel. São os produtos plásticos presentes no lixo urbano – os sacos e sacolas que embalam o lixo de sua casa, por exemplo -, que irão servir de combustível para que o processo de reciclagem energética ocorra com eficiência. A sobra de toda a queima, que gira em torno de 8% do volume queimado, é reutilizada na fabricação de material de construção, como telhas e tijolos. É um processo limpo.
A destinação do lixo urbano transformou-se num dos mais graves problemas das grandes cidades. As prefeituras enfrentam as questões logísticas sobre os resíduos, sendo que o transporte do lixo para outras cidades é realidade no Brasil, especialmente pela falta de espaço para aterros, dificuldades no tratamento e “hospedagem” desse lixo, entre outras que acarretam encargos às administrações municipais.
A Reciclagem Energética minimiza significativamente o problema dos aterros sanitários, reduz a emissão de gases nesses locais, reduz drasticamente os impactos ambientais causados pela existência de aterros, possibilita a recuperação energética dos materiais plásticos, pode ser aplicada perto de centros urbanos, reduzindo o custo do transporte do lixo para aterros distantes, uma vez que a área exigida para a implantação de uma usina é muito inferior à de um aterro.
Mais de 30 países empregam em larga escala a reciclagem energética em instalações de reciclagem perfeitamente adequadas às mais rígidas normas ambientais. A Alemanha, por exemplo, aboliu os aterros sanitários em função da reciclagem energética. Os Estados Unidos suprem 2,3 milhões de residências com energia vinda de 98 usinas. A União Europeia conta com 420 usinas; só no Japão são 249; na Suíça, um país de proporções menores, são 27 unidades.
O Brasil ainda não conta com nenhuma usina de reciclagem energética com capacidade para atender uma cidade, ainda que pequena. A cidade de São Paulo, por exemplo, já começa a “exportar” o lixo para outros municípios por falta de espaço para aterros. Com isso, o custo dessa logística torna-se elevadíssimo, sem falar no o impacto ambiental com emissões, por exemplo, decorrentes desse transporte. Os grandes centros urbanos brasileiros têm praticamente todos os seus aterros saturados e é por isso que a Plastivida entende que a reciclagem energética é uma das soluções para a gestão de resíduos sólidos urbanos no país, e apoia iniciativas nesse sentido.