O projeto do banco de dados da cadeia de transformação e reciclagem do plástico é liderado pela ACV Brasil, empresa especializada em avaliação do ciclo de vida que está presente no mercado há sete anos.

A ACV ofereceu a proposta ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq) que aprovou em chamada pública que financia pesquisas alinhadas às estratégias e eixos prioritários de desenvolvimento da pesquisa científica aplicada no país. Esta chamada ocorre há 30 anos, sendo conhecida como Programa de Recursos Humanos em Áreas Estratégicas, criada para agregar mestres e doutores em atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D) nas empresas.

Os contatos e parcerias para este projeto surgiram através de estratégias, alinhando objetivos com associações setoriais de empresas representantes na cadeia de fornecimento, como produtores de resinas, fabricantes de máquinas de resfriamento, associações setoriais como o Instituto Nacional do Plástico, a Associação Brasileira de Embalagem Flexíveis, Associação do Plástico e o Portal Plástico Virtual, somando cerca de 340 transformadores de plástico, contatados, sendo que 14 participaram ativamente do projeto representando um parque com cerca de 170 máquinas inventariadas.

Os dados coletados por seis processos: extrusão, injeção, sopro, termoformagem, extrusão de filmes e chapas de extrusão de perfis e tubo, mostram resultados com diferenças entre todos processos citados, sendo coletados em ambientes heterogêneos, possuindo questões técnicas individuais para cada processo e empresa, podendo ser relevantes para determinação dos indicadores, avaliando a produtividade relacionada a refrigeração, tempo e consumo de energia. Os resultados globais apresentados são de 1,65 kWh/Kg de resina transformada, 0,05 Kg de perda / Kg de resina transformada, 2,08 litros / Kg de resina transformada, sendo a média simples de todos os dados coletados. Estes indicadores mostram a índice-chave que devem ser consideradas para determinar o potencial do impacto ambiental da transformação do plástico, mostrando os impactos ambientais relevantes a este parâmetro.

A primeira etapa do projeto teve os dados coletados e agrupados, para preservar a confidencialidade. Os dados foram submetidos ao Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBCT) para passar por revisões de técnicos em sustentabilidade e especialistas do ramo do plástico, além de disponibilizar os dados publicamente através do Banco Nacional de Inventários do Ciclo de Vida (SICV). Os dados coletados já são o suficiente para representar a realidade brasileira frente aos inventários internacionais, já no caso da reciclagem, a base de dados ainda está crescendo com as empresas dispostas a fornecer os dados.

O projeto agora está encaminhado para sua etapa final que é a de compilação de dados de transformações recebidos, que continua aberto para receber contribuições, principalmente da cadeia de reciclagem, além de ter como prioridade a formalização da estratégia de continuidade de coleta e acompanhamento destes indicadores, para a reta final do projeto. Para mais informações acesse: www.acvbrasil.com.br.